A Fila do INSS Explodiu em 2025: O Que Realmente Está Acontecendo?

É preocupante: a gigantesca fila de espera por benefícios do INSS saltou de 1,5 milhão em julho de 2024 para impressionantes 2,7 milhões em abril de 2025. Esse crescimento de quase 80% em menos de um ano virou uma bomba política e social, trazendo pressão direta para o governo Lula e levantando dúvidas sobre a digitalização e eficiência do Instituto.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes:

• Por que a fila disparou e como isso afeta você;
• O que são “fluxo” e “estoque” de pedidos;
• O impacto da greve de peritos e das fraudes recentes;
• O que isso representa em termos financeiros;
• Como o governo está tentando resolver — e por que talvez ainda falte solução definitiva.

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Por que a fila de espera cresceu tanto?

A greve de médicos peritos e servidores do INSS

Um dos fatores mais críticos foi a greve prolongada dos servidores e peritos, que se estendeu por mais de cem dias. Essa paralisação atrasou o atendimento e acumulou pedidos sem análise.

A volta intensa de requerimentos

O número de requerimentos voltou a subir após a paralisação, passando de 1,3 milhão em junho para quase 1,8 milhão em setembro de 2024. Em seguida, atingiu o pico de 2,7 milhões em abril de 2025.

Fraudes e cobrança de desconto indevido

Vários escândalos de fraudes — inclusive descontos indevidos que somaram bilhões — afetaram o sistema e exigiram investigações, gerando instabilidade adicional.

Fila não é só um número: entenda fluxo x estoque

• Fluxo: são os pedidos novos que entram, cerca de 1 milhão por mês.
• Estoque: são os pedidos que ficaram represados por mais tempo — a tal “fila” de verdade.

Segundo o ministro Wolney Queiroz, até um milhão de pedidos mensais é considerado fluxo — o estoque, de 2,7 milhões, é a questão urgente a ser resolvida.

Quanto isso está custando?

Com base em relatórios do banco Itaú BBA, se a fila for mantida no nível de abril de 2025, o INSS pode enfrentar um rombo de até R$ 6 bilhões em despesas extras. Se a normalização acontecer ao longo de 2025, o impacto pode chegar a R$ 8 bilhões. No pior cenário, se tudo voltar aos níveis anteriores ao pico de 2024, o valor adicional pode alcançar R$ 13 bilhões ainda este ano.

O que o governo está fazendo para zerar essa fila?

Concurso e contratação de peritos

O ministro Wolney Queiroz afirma que, com a entrada dos peritos aprovados em concurso, a partir de agosto, o fluxo deve se organizar e parte do estoque ser reduzido.

Bônus e incentivos para servidores

Governos anteriores — tanto Lula quanto Bolsonaro — adotaram bônus por produtividade. O objetivo é aumentar o ritmo de análise, ainda que a qualidade seja questionada .

Quais os principais riscos ainda em aberto?

1. Fila com mais de 45 dias: cerca de 40% dos pedidos já estão além do prazo legal.
2. Apagões de dados no portal estatístico do INSS, que impedem o acompanhamento oficial.
3. Sinais de redução na qualidade do atendimento, segundo técnicos que alertam sobre erros em pedidos deferidos só para cumprir meta .

Como isso afeta os segurados?

• Prejuízo à renda mensal: quem depende do benefício pode ficar meses sem receber.
• Angústia e prejuízo emocional: espera por decisão judicial, acesso difícil a informações e instabilidade.
• Mais risco de judicialização — com aumento de ações na Justiça por falta de resposta.

Como acompanhar seus pedidos e agir

1. Verifique seu processo

Acesse o Meu INSS (site ou app) e acompanhe a tramitação e pendências do seu pedido.

2. Use o portal da transparência

Apesar dos apagões, o Portal da Transparência Previdenciária ainda é uma fonte útil para checar tendências.

3. Busque orientação

O atendimento pelo telefone 135 ou uma ajuda jurídica (Defensoria Pública, advogados previdenciários ou sindicatos) pode acelerar sua análise.

4. Se necessário, recorra legalmente

Se o pedido ultrapassar 45 dias, você tem base legal para entrar com ação judicial ou requerer força-tarefa para desbloqueio.

O que esperar nos próximos meses?

• A contratação dos peritos tende a diminuir o estoque, mas sem garantir eliminação rápida.
• O efeito de bônus funciona, mas pode gerar erros processuais se não houver controle da qualidade.
• A digitalização pode ajudar futuramente, mas ainda há passivos a serem resolvidos no presencial.

Conclusão: a fila é um desafio, mas já existem caminhos

A sensação é de que a fila do INSS virou uma crise política e social — evidente na pressão sobre o governo e o possível impacto nos cofres públicos. O que mais preocupa é a quantidade de pessoas que deixa de receber por falta de resposta ou por demora excessiva.

A boa notícia? As medidas em andamento indicam que há plano: concursos, bônus, força-tarefa, digitalização — tudo isso pode surtir efeito. Mas é essencial que o cidadão acompanhe seu processo e busque suporte no sistema.

Se você está na fila do INSS, não desista. Fique de olho no Meu INSS, ligue para o 135, use seus direitos e conte sua história para quem pode acelerar seu benefício.

Perguntas frequentes (FAQ)

Qual é o tamanho da fila hoje?

A fila saltou de 1,5 milhão em julho de 2024 para 2,7 milhões em abril de 2025, um aumento de quase 80%.

Quanto tempo o INSS tem para analisar meu pedido?

O prazo legal é de até 45 dias. Porém, cerca de 40% dos casos estão com mais de 45 dias de espera .

O que são “fluxo” e “estoque” de pedidos?

Fluxo são os pedidos que entram. Estoque é a fila acumulada que não foi resolvida — agora com 2,7 milhões de casos .

O que o governo está fazendo para resolver?

Planeja contratar mais peritos, oferecer bônus a servidores, digitalizar processos e monitorar a qualidade das análises.

Posso recorrer se meu pedido atrasar?

Sim. Você pode entrar na Justiça ou usar o atendimento do 135 para solicitar prioridade, especialmente se passou de 45 dias.

Por que esse caso envolve dinheiro público?

Porque normalizar a fila pode gerar um impacto extra de R$ 6 a até R$ 13 bilhões em 2025, dependendo de como o fluxo se estabilize.

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